justsmile

(Imagem retirada da Internet)

A vida dá voltas e voltas. Pode por vezes parecer estagnada, mas a verdade é que, nem que seja pelos pensamentos, ela está em constante transformação. Este foi um ano cheio de transformações para mim, para mim e para mil e uma pessoas. Tenho pensado, pensado muito sobre a vida e sobre como este ano me transformou numa pessoa diferente, quando pensava que não poderia vir a crescer mais. Aprendi que afinal estamos sempre em fase de mudança e que não precisamos de estar debaixo de uma pedra sempre com a mesma paisagem. Este ano compreendi algo que já pensava adquirido, mas que só agora sinto de verdade, compreendi que a vida é realmente breve demais e que de um dia para o outro tudo pode desaparecer debaixo dos nossos pés. Vi demasiadas pessoas desaparecerem deste mundo em apenas 12 meses, ainda agora cheguei de um funeral que me trouxe tanta dor ao observar. Antes apenas dizia que a vida era curta e que era preciso aproveitá-la, hoje sinto-o. A vida é realmente demasiado fugaz e não sabemos quando seremos impedidos de viver, então porquê estarmos insatisfeitos com a vida em vez de lutarmos por aquilo que realmente queremos? A dor que encontramos ao longo da caminhada será inevitável, mesmo com este tipo de pensamento, mas e se usarmos a dor em prol do nosso crescimento? Se utilizarmos a dor para dar uma volta à nossa vida? Neste momento não sinto dor na minha vida, sinto a dor de uma amiga, sinto a dor dos problemas dos outros, mas da minha vida? Sinto apenas que está na altura de transformá-la ainda mais, sei que as mudanças já começaram, sei que hoje sou uma pessoa totalmente diferente, mas quero continuar a lutar por mim. Agora sim, vou lutar por mim e pelo meu futuro, sem pensar nos outros. Talvez esta mudança de perspetiva se torne um pouco egoísta, um tanto egocêntrica, mas a verdade é que se não for egoísta aos 22 anos, quando o serei? Quando for casada e com filhos, ou quando for avó? Esta é a minha altura, esta é a minha fase de transformação e só depois procurarei a estabilidade. Quero partir e saber que fiz algo por mim, quero partir e sentir que fiz algo com a minha vida, para isso preciso de começar já a trabalhar.