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(Imagem retirada da Internet)

O ser humano é, por si só, um ser complexo. A sua complexidade, não é apenas a nível anatómico, o cérebro do ser humano, para além de administrar todo o movimento corporal, todas as hormonas e todo o seu funcionamento, inclui uma parte ainda mais complexa. Mais complexa que compreender o funcionamento hormonal, produção de sangue e até de lutas internas no próprio corpo. A parte mais complexa concerne à consciência e à personalidade do próprio indivíduo. Um cientista afirma que a mente de uma criança é como uma tábua rasa, em que se vai moldar conforme aquilo que lhe for ensinado e aquilo que a própria criança experimentar. Outro afirma que a criança já nasce com características próprias e com personalidade. A verdade é que seja de que forma for, todo o ser humano tem uma personalidade e todos são diferentes uns dos outros. Toda essa personalidade revê-se nas relações humanas. Já não bastava o ser humano ser complexo, ainda existem as relações humanas que complexificam ainda mais as coisas. 

As relações humanas são a coisa mais complexa que já vi na minha vida e sou terapeuta da comunicação... É preciso ter cuidado com as palavras que usamos, é preciso medir os sentimentos e o tipo de relação estabelecida com a pessoa em causa, é necessário avaliar o seu interesse nas nossas palavras, é imprescindivel ter em conta a sua personalidade (ou o que conhecemos dela) e ainda temos que diferenciar aquilo que podemos do que queremos transmitir. São tantos os factores externos às relações humanas que deixam qualquer pessoa louca. Porque não é tudo mais simples? Bastava dizer aquilo que se pretendia e saber que o outro lado iria compreender, e vice-versa, claro. Medir tanta coisa quando se fala com alguém ou se sente algo por uma pessoa, só complica e depois há personalidades que tendem a complicar ainda mais as coisas. Começam a criar palavras na mente que ainda não foram pronunciadas e cenários que ainda não foram concretizados, uns escolhem o lado negativo da coisa e outros o positivo. Ai! Porque é que ser-se humano é tão complicado? E porquê complicar ainda mais com o estabelecimento de relações humanas?

Será que não existe um modo simplex de se viver?