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justsmile

10
Mai21

Mudanças trazem sempre consigo receios

(Imagem retirada daqui)

        As mudanças são algo necessário e constante nas nossas vidas. Às vezes são coisas mínimas que acabam por nos passar ao lado, outras vezes são gigantes. São pequenas ou grandes coisas, são desejos ou obrigatórias, podem ter uma fundamentação positiva ou negativa, mas serão sempre mudanças e por muito que as desejemos trazem sempre algo consigo: o receio.

        Recentemente recebi uma proposta para me envolver em mais um projecto, uma proposta praticamente irrecusável, daquelas que sabemos que vai dar mais trabalho, mas que é bastante aliciante. Poderá auxiliar-me no crescimento profissional, a aprender novas áreas da Terapia da Fala e até a conhecer novas metodologias de trabalho. Imediatamente disse que sim, com autorização da minha entidade patronal, aceitei o desafio que me colocaram e irei iniciá-lo em breve, no entanto estas mudanças implicam sempre receios que normalmente estão escondidos no meu subconsciente. Quando encontro um novo emprego ou um novo projecto acabo sempre por questionar as minhas capacidades e levantar bastantes 'ses' no que toca às minhas competências. Estas mudanças na vida, estes novos acréscimos profissionais e até pessoais fazem-se sempre ponderar se serei capaz de dar resposta aos novos desafios, se estarei verdadeiramente à altura do desafio. Acabo, no meu inconsciente, por criar um momento de receio de falhar. De falhar comigo pessoalmente, de falhar nas minhas competências, de não conseguir dar resposta ao que esperam de mim ou simplesmente de não estar ao nível do ambiente novo que enfrento.

       No meu íntimo, sei que sou uma boa profissional que tento dar resposta a todas as necessidades, minhas, da família, do utente e da entidade patronal, mas... Mas fica sempre este 'mas', fica sempre esta questão nos momentos de mudança. Serei capaz? Conseguirei aguentar mais um desafio? Terei capacidade de trabalhar tantas horas? Será que vou conseguir dar resposta? Será que o meu currículo corresponde realmente às expectativas? Inevitavelmente, no meu cérebro, surgem mil e quinhentas questões que fazem duvidar de mim própria e não gosto dessa sensação. Não gosto desta insegurança, não gosto desta falta de confiança em mim mesma, mas a verdade é que surge sempre que me apresento a um novo desafio. Apesar disso, aqui vou eu para mais um desafio, para fora da minha zona de conforto e para mais uma oportunidade de crescer!

06
Jan21

Para 2021 eu quero...

       Sou uma pessoa que se rege facilmente por objectivos. Gosto de os ter definidos e obriga-me a manter focada. Ao contrário de algumas pessoas, não me esqueço dos meus objectivos ao longo do ano, pelo contrário, vou-me relembrando deles para ver se estão a ser cumpridos ou para ver o que ainda me falta cumprir. Aliás, eu preciso de objectivos para conseguir manter-me activa, mesmo em ano de pandemia consegui cumprir muitos dos meus objectivos até porque os meus objectivos são elaborados de forma a estarem totalmente dependentes de mim própria e não de factores externos. Este ano voltei a definir objectivos, mais contidos devido a ainda estarmos em pandemia, mas de forma a conseguir crescer mais um bocadinho. Então, os meus objectivos para 2021 são:

         Voltar a escrever recreativamente, porque tenho saudades e porque tenho ali alguns ficheiros parados há anos. Ultimamente tenho sentido a vontade de voltar a escrever coisas do meu imaginário e acho que ainda não o fiz por receio de parecer ridículo, mas acho que está na altura de voltar a arriscar na minha escrita.

      Fazer uma formação, quero continuar a investir na minha formação. Gosto realmente do que faço, mas tenho sempre a necessidade de saber mais, de aprender novas técnicas e estratégias e na profissão que tenho é essencial renovar conhecimentos com alguma frequência e é isso mesmo que quero fazer. Este ano quero novamente fazer uma formação como tenho feito nos últimos três anos, o quê? Ando aqui com umas ideias, mas vamos ver no que dá.

         12 meses, 12 receitas vegetarianas. No final de 2020 decidimos diminuir o consumo de carne cá em casa e temos feito algumas refeições vegetarianas, a verdade é que ainda não tenho um grande leque de receitas em que me sinta à vontade fazer, por isso é algo em que quero melhorar este ano. Assim, ao longo do ano quero partilhar com vocês, pelo menos uma receita mensal de um prato vegetariano.

         Ler 12 livros, é já um clássico na minha lista de objectivos, mas sei que se não o colocar me vou desleixar e acabar por deixar a leitura para último lugar no meu dia-a-dia. Espero este ano contar com um bom ritmo de leituras e com uma variadade de estilos de literatura.

        Fazer umas férias, em 2020 tínhamos planeada a nossa roadtrip por Itália e a pandemia estragou-nos os planos. Admito que acabamos por ficar receosos e não fomos de férias para lado nenhum, nem em Portugal e por isso incluo este objectivo para este novo ano. Tenho saudades de passear, de sair da minha rotina e de me isolar de tudo o que me é conhecido. Estamos a precisar de umas férias, não temos intenções de sair do país, mas queria conhecer mais alguns dos recantos bonitos que temos.

       Fazer exercício duas vezes por semana, quero continuar a evoluir na minha prática de Yoga e conseguir aumentar a dificuldade de algumas posições e para isso preciso de ser mais disciplinada no exercício. Além disso, neste momento não tenho qualquer tipo de desculpa para não o fazer até porque paguei a anuidade da app Down Dog e é necessário fazer valer esse dinheiro (ficou-me 17€ um ano inteiro). Espero chegar ao final do ano e estar numa forma física em que me sinta confortável.

       E 2021 ainda promete ser um ano cheio de decisões, iremos começar (FINALMENTE) a nossa casa e temos mais alguns planos para serem realizados ao longo deste ano, mas não os coloco na lista porque não estão inteiramente dependentes de mim (eu e a mania de colocar coisas que só dependem de mim). Que 2021 venha cheio de pequenas concretizações, que venha cheio de objectivos para concretizar e que com tudo isso me faça crescer!
        Bora lá 2021!

 

 

18
Jun20

"E o bebé, quando vem?"

(Imagem retirada daqui)

         Num destes dias estava à conversa com a minha irmã sobre bebés. Ela espera pelo segundo filho e eu comentava com ela como ter filhos ainda me assusta. À minha volta estão bebés por todo o lado ou grávidas, vejo as minhas amigas de infância terem filhos e fico muito feliz por elas, mas ainda não me consigo ver como mãe ou como grávida e esta é a pergunta que mais me fazem nos últimos tempos. Quase a fazer dois anos de casada a primeira pergunta que me fazem quando me vêem passado algum tempo ou até pela primeira vez, é: para quando o bebé. Prontamente respondo "primeiro tenho de dar à luz uma casa e depois logo se verá", claro que isto pode ter dois tipos de caminhos, iniciar uma série de argumentações em como a nossa casa é pequena e mal dá para nós ou em como não devemos esperar muito tempo e blá blás. Ultimamente não tenho tipo hipóteses em conseguir fugir a este tipo de questões, mas a verdade é que não é só a casa que me impede de ter filhos neste momento (apesar de, acreditem, é um dos principais motivos), mas é também a sensação de imaturidade e até mesmo (quem sabe) de algum egocentrismo.

       Ser mãe sempre foi uma das coisas que desejei e continuo a desejar, não me interpretem mal, mas sinto que ainda não fiz tudo o que queria fazer antes de avançar para essa nova fase da minha vida. Sinto que neste momento sinto-me tão plena na vida que tenho e no meu corpo que alterar tudo isso torna-se, ligeiramente, assustador. Gosto da minha liberdade, gosto da minha capacidade financeira para pensar numas férias, gosto de ter os meus momentos sozinha com o meu livro ou uma boa série, adoro manter a casa arrumada e gosto da nossa relação, a dois. Por muito que queira acreditar que algumas das coisas se mantêm depois de ter um filho, eu não consigo acreditar que a transformação não será mais que gigante e que a minha vida será totalmente diferente e dedicada ao trabalho e a um ser pequenino. Receio perder o meu espaço, o meu momento e até toda a tranquilidade interna que fui conquistando ao longo dos anos. E é aqui que vejo o meu egocentrismo, ainda não fiz o mestrado que queria, ainda não visitei Nova Iorque como imaginava e ainda não fui capaz de fazer aquela Roadtrip por Itália que teve de ser adiada. E sinto que ao ter filhos estou a adiar indefinidamente os meus projectos pessoais.

         Sei e tenho a certeza que se vier a ser mãe sem tais conquistas isso não me fará confusão e que amarei qualquer ser vindo de mim, mas neste momento sinto que corro contra o tempo e que este não está a meu favor. Ele quer filhos, eu quero aventura, quero crescimento e só depois os filhos. Temporalmente as coisas parecem não ter qualquer tipo de congruência e sei o que vão dizer "mas vais poder fazer tudo isso com filhos" e até acredito que sim, mas sei que tudo será muito mais complicado, muito mais sofrido e não sei até que ponto é que não desistirei desses objectivos com o intuito de ser uma boa mãe.  E o meu corpo? Finalmente me sinto confortável na minha pele, pela primeira vez estou como sempre desejei e sinto que ao ter filhos o meu à-vontade irá desaparecer. Sei que poderá ser tudo da minha cabeça, mas a verdade é que com a chegada de um bebé a minha vida mudará para sempre.

        E estou cansada da pergunta "e o bebé quando vem? Não deixem para muito tarde que depois são só problemas e já não vão ter paciência", pois em mim a resposta nunca é tão simples como a que dou a entender, inicia-se sempre uma batalha argumentativa dentro da minha cabeça em que só me apetece parar o tempo e deixar correr. Quero filhos, só gostava de ter mais meia dúzia de anos para os ter.

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