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justsmile

24
Out13

Aventuras de terapeuta I

(Imagem retirada da Internet)
Desde sempre que me dei bem com crianças. Fui tomando conta dos meus primos, aprendi a mudar fraldas, a dar as papas e a acalmá-los quanto tinham ataques de histeria e birras (típicas da idade). Com tanta experiência com criança (desde colónias de verão a grupos de teatro com crianças) compreendi desde cedo que a minha vertente na área da Terapia da Fala fosse direccionada para as crianças. Ora, está mais que visto que não me enganei. As crianças são inconstantes, trazem-nos sempre novidades e novas aprendizagens. Uma criança, por muito parecida que seja com outra nunca é igual. Todas têm as suas manias e por serem crianças não têm problemas em controlá-las e muito menos em disfarçá-las. Trabalho há cerca cinco semanas num gabinete que só atende crianças e não há um único dia em que não tenha histórias para contar (estou a ponderar criar um livro sobre todas elas :P). Algumas fazem realmente rir, outras fazem-me pensar onde irá este mundo parar e outras só não me fazem chorar porque sou demasiado bem disposta para isso.
Uma das coisas mais engraçadas que me aconteceu foi poucos dias após ter começado a trabalhar. Eu uso óculos, mas não gosto, mas como escrevo muito e tenho de ler em sessão (e como são muitas horas seguidas) acabo por usar os óculos durante os momentos que estou com a criança. No entanto, nos intervalos, seja para levar a criança à recepção ou tirar cópias, tiro os óculos e coloco-os em cima da mesa. Estes já são comportamentos inconscientes que me passam totalmente ao lado. Num primeiro contacto com uma miúda, ao fim de 50 minutos de sessão, ela vira-se para mim 'Doutora, porque usa óculos?' e eu lá expliquei que via mal e ela 'Então não entendo, vê mal cá dentro mas vê bem lá fora?' e eu, na minha ignorância de adulto 'Porque dizes isso?'. A resposta foi pura e simples 'Porque tira sempre os óculos que vai lá fora'. Ora, não é que uma miúda de cinco anos é tão observadora e consegue criar relações lógicas entre acontecimentos sucessivos? Comecei-me a rir, claro, e expliquei-lhe que os tirava porque não gostava de usar óculos e que só os punha porque tinha de ser. São pequenos comportamentos como estes que fazem o meu dia, pequenas trocas de palavras que me fazem adorar o trabalho e pequenos sucessos que nos fazem parecer batalhas vencidas :)
Um dia conto-vos as minhas mil e umas aventuras como terapeuta.

22
Out13

O primeiro ordenado

(Imagem retirada da Internet)

 

Ainda mesmo antes de encontrar emprego já pensava no destino a que daria a uma parte do ordenado. Acho que é um pensamento normal, para a maioria das pessoas, e eu não fui excepção. Há uns bons anos atrás passei o meu primeiro verão a trabalhar, a limpar a casa de uma senhora idosa, e com o dinheiro que recebia comprei um relógio. Agora, com um ordenado de estagiária de Terapia da Fala a minha ambição era substituir o relógio que já tinha há mais de oito anos. E finalmente consegui fazê-lo, este foi o relógio que comprei este fim-de-semana com uma pequena parte do meu primeiro ordenado. Senti-me uma criança como na manhã de Natal, orgulhosa por ter conseguido comprar algo que adoro com o meu próprio dinheiro e saber que agora tenho algum tipo de autonomia financeira. Outra parte do ordenado foi para aquilo que já aqui tinha falado, ROUPA. Não foi uma tortura tão grande como eu imaginava, até porque tive bastante sorte, mas não era nisso em que queria ter investido o meu rico dinheirinho. Mas o que tem de ser, tem de ser. O fim-de-semana pós ordenado foi mesmo para isso, para gastar dinheiro, mas tenho a dizer que fui bastante poupadinha. Comprei duas camisolas, um casaco, uma camisa, duas calças, o relógio e um cinto, tudo isto por 175€. Agora o resto do ordenado é para poupar e ir fazendo pequenas coisas que me via privada de o fazer, ou seja, aproveitar a vida!

 

P.S.: Um fim-de-semana de miminhos para mim :)

15
Out13

Questões de vestuário

(Imagem retirada da Internet)
Desde que comecei a trabalhar que me deparei com uma situação com a qual não estava habituada a lidar. Durante o curso, em 90% dos estágios que realizei, tinha de utilizar a farda de Terapeuta da Fala, um pólo branco ou azul com o símbolo de TF e umas calças azuis escuras de fato-de-treino, logo o meu investimento em vestuário nunca foi muito grande. Nunca tinha de pensar na roupa para o dia seguinte e só ao fim-de-semana é que me dedicava a escolher o que deve combinar com o quê. Mas agora que entrei no mercado do trabalho tudo mudou e acreditem que para mim não foi uma mudança muito agradável. Admito que sempre fui uma pessoa pouco preocupada com a minha imagem, bijutaria não era para mim, sapatilhas era o meu calçado de eleição e camisolas largas com capucho o meu maior conforto. Claro que de longe a longe me aprumava mais um bocadinho, mas nunca fui obcecada por aquilo que ia vestir ou não, preferia manter um estilo prático e confortável. Ora, até que tudo mudou. Na clínica onde trabalho as técnicas de saúde têm uma imagem muito cuidada, maquilhagem todos os dias, bijutaria a condizer com a indumentária e até saltos altos as senhoras doutoras usam. E aqui chega a estagiária de sapatilhas, casaco verde tropa e umas jeans. Imaginem o meu primeiro impacto na primeira semana de trabalho. Quase a fazer um mês de trabalho neste espaço compreendi que a minha forma de vestir não era a mais adequada, então ao fim de uma semana (sem comprar roupa nova) comecei a ter mais cuidado com a minha selecção de roupa. Agora, em vez de demorar cinco minutos a escolher o que devo vestir no dia seguinte, demoro o triplo. Nunca me tinha passado pela cabeça que teria de ser tão cuidadosa e nunca tinha reparado que tinha tão pouca roupa no meu guarda-fatos.
Pode parecer algo parvo para a maioria das pessoas, mas para mim passar mais de cinco minutos a escolher a minha roupa é uma verdadeira tortura. Agora espero pelo primeiro ordenado a ver se já consigo investir em roupa (algo que, mais uma vez, nunca me tinha passado pela cabeça). 
Sugestões de indumentárias para uma Terapeuta da Fala?

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